João Pereira Coutinho colunista do Correio da Manhã, acerca da saída de Deus Pinheiro do Parlamento, na edição de ontem, fez o seguinte comentário:
"Para efeitos práticos, é indiferente eleger Deus Pinheiro ou a minha mulher-a-dias. E é indiferente substituí-los, embora eu desconfie de que a minha Fátima, tão sensata e pontual, seria uma vantagem para o hemiciclo. Se precisarem do contacto, por favor, não hesitem."
Citámos este artigo porque ao nível da competência, em termos genéricos, o colunista tem razão. Embora Deus Pinheiro, bem formado para a tarefa, seja mais ágil no discurso que provávelmente a Fátima que talvez nunca tenha tido oportunidade de adquirir formação superior, Fátima desde que saiba quais são as suas tarefas, dependendo da sua consciência e criatividade, poderia ser tão competente como o primeiro.
Quem nos diz que uma simples mulher-a-dias, sendo inteligente e criativa, estando motivada para a tarefa, sabendo gerir coisas simples mas essenciais como o seu orçamento familiar ou a poupança de produtos desnecessários ao seu trabalho, se lhe dessem a tarefa de gerir coisas maiores, não teria melhores resultados que o parlamentar? Provávelmente o destino não lhe irá permitir testar as suas capacidades, apesar de ser possível que Fátima, estando motivada, um dia o possa fazer.
Temos exemplos de muitos cidadãos que, por circunstâncias diversas, tiveram de criar o seu próprio negócio, e quantos destes tiveram sucesso? Acreditámos que são muitos mais os que tiveram êxito que os que falharam.
Na base do empreendedorismo estão a criatividade mas também o risco. Se as ideias para uma determinada tarefa, baseadas no raciocínio, não forem aplicadas, mesmo com o risco de falharem o seu objectivo, nunca saberemos se resultam.
É nesta base que pretendemos construir uma nova Direcção para o Vitória. Se os Vitorianos nos confiarem a tarefa e nos derem o benefício da dúvida, que afinal têm de dar a todos os candidatos, teremos oportunidade de construir uma equipa directiva com consciência específica para gerir o nosso clube. Como se vê pelo actual estado das coisas, o facto do nosso clube ter um presidente habituado à gestão empresarial e à gestão desportiva, isso não significa que as ideias da sua experiência anterior sejam apropriadas a um clube como o Vitória.
A gestão de um clube desportivo, ao contrário de uma empresa, não visa exclusivamente o lucro. O êxito desportivo é o seu objectivo principal. A gestão deve estar centrada nesse objectivo, sendo o lucro um factor directamente relacionado com o investimento inicial. Pretendemos formar uma Direcção que invista em Activos e que, através da sua criatividade, saiba criar soluções ao nível do clube.
Por isso pedimos aos Vitorianos e Vitorianas que se mobilizem e adiram honestamente a este projecto, para tentar fazer Um Vitória Melhor!
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