sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O RELATÓRIO DE CONTAS E A NOSSA LIDERANÇA


Em antecipação à Assembleia Geral do Vitória e à apresentação do Relatório de Contas, arriscamos anunciar que, apesar da aclamada ‘boa-vontade’ dos nossos actuais dirigentes, estes irão surgir na próxima AG como extraordinários cumpridores, apenas porque se trata da última oportunidade de mostrar resultados antes das próximas eleições…

Escondendo-se atrás das actuais dificuldades financeiras do clube, ‘dizendo a verdade’ sobre a situação económica em geral, irão elogiar o abate de cerca de 20% do Passivo e apresentar um Relatório de Contas onde se encontrarão incongruências disfarçadas de contas bem feitas, que passarão por dever cumprido. Se o argumento para a recandidatura desta Direcção é ter transferido o valor da rescisão de Geromel para o final do mandato, para anunciar a descida do Passivo, e se o Relatório de Contas for mais um exercício de actividades invisíveis, então devemos recordar que no ano passado, por esta altura, o Passivo tinha aumentado cerca de 20 % e o Relatório de Contas não descrevia coisa nenhuma, tendo resultado o cálculo entre despesas e receitas exactamente no mesmo valor, como se isso fosse possível. Está, portanto, tudo igual ao ano passado não sendo, como dizem, o exercício de 2008/09 ‘o melhor de sempre’!

Para quem se esquece com facilidade e vive para o dia seguinte, para quem acha que quando um dirigente ganha as eleições se deve tornar logo num ditador para garantir a sua vontade acima do projecto, para quem pensa assim está tudo bem. Provavelmente irá votar nesta Direcção em Março, e nos próximos 20 anos, pois no seu ingénuo entender ‘quem lá está é que sabe’. Quando o candidato se torna ditador, o projecto é normalmente inexistente, e a candidatura é usada para atingir outros objectivos. Basta ver a primeira página da última edição do
jornal do Vitória para compreendermos o que está a acontecer na Direcção. O jornal está a ser usado para fazer campanha pessoal, em vez de promover um projecto para o clube...

Não podemos aceitar que o clube seja dirigido sempre pelos mesmos dirigentes e que, cada vez que seja preciso mudar, a escolha seja sempre por quem já lá está, tornando-se o Vitória uma autêntica oligarquia. Se assim for, o Vitória ficará perdido neste círculo vicioso e nunca irá mudar. A sua imagem e o nível de negociação serão sempre de um preocupante amadorismo.

(Como sou republicano, e democrata acima de tudo, rejeito a ideia de que a mudança só pode ser má. Só estando de olhos e ouvidos fechados, e não pensando pela minha própria cabeça, posso aceitar ser enganado!)

O modelo que propomos para o Vitória é um modelo assente na profissionalização do clube, pois não podem estar um grupo de amadores a gerir um clube formado por profissionais! Também não acreditamos que seja necessário um ‘choque paradigmático’, apesar da mudança de modelo que propomos. Estamos de acordo com a mudança mas de forma consciente, alterando apenas o que prejudica o funcionamento do clube, respeitando quem o serviu e quem ainda o serve.

Como pudemos observar nos últimos meses, a actual Direcção não está unida. A desagregação já começou com a saída do anterior Vice-presidente - sem termos sido elucidados sobre as suas razões - e com a manutenção do Director Desportivo - sem que as questões colocadas pelos associados tenham sido esclarecidas - bem como sobre a última polémica com o Presidente da AG. Se esta Direcção não tem equipa, não tem projecto! Ou se o tem, entre tantos problemas de liderança, não o poderá executar.

Para nós, o Presidente, terá de ser uma pessoa capaz de criar consenso dentro da sua equipa, ao contrário do que está a acontecer; em que o Presidente é o principal responsável pela discórdia entre elementos da Direcção e que será também responsável pelas informações incorrectas e contraditórias que nos chegam pela Comunicação Social. Se os órgãos de Comunicação Social inventam as notícias, então a Direcção deve esclarecer os associados. Se não o fizer, a Direcção passa por incompetente…

O Presidente deve ser uma pessoa capaz de criar um projecto, organizar o clube, delegar competências, controlar a sua aplicação e por fim avaliar resultados, sendo também responsável por encontrar soluções caso o projecto não seja exequível. Esta é a principal responsabilidade de um Presidente. Deve ser respeitado por ‘saber fazer’ e não por ‘poder, querer e mandar’.

O Presidente deve ter um projecto e ser o principal coordenador do projecto, ser criativo e empreendedor, sabendo delegar responsabilidades e sabendo verificar se o projecto está a ser cumprido. Esta é uma ideia simples, mas que é distorcida conforme os interesses de cada situação. Os Vitorianos não se deveriam deixar enganar novamente com o argumento de que o candidato a Presidente tem de ser um empresário e que já deve conhecer o meio. Esses argumentos induzem em erro. Esse candidato pode ser empresário e desviar os dividendos para um projecto empresarial pessoal que se sobreponha ao clube… O dirigente que já conhece o meio pode ter vícios que originam os comportamentos que todos conhecemos e que tanto nos envergonham…

Se não queremos que o próximo dirigente do Vitória se aproveite do clube para tirar dividendos pessoais distorcendo a verdadeira actividade para que irá ser eleito, e se não queremos que faça tudo por ‘debaixo da mesa’ como, supomos, faz quem lá está, devemos escolher uma pessoa idónea pelo seu Vitorianismo, que esteja disponível para usar as suas capacidades dedicando-se em exclusivo, e honestamente, ao serviço do Vitória Sport Clube!

domingo, 25 de outubro de 2009

SOBRE PASSIVO E ACTIVOS


Desde o início do mandato que esta Direcção usa o Passivo como desculpa para o insucesso do Vitória. Apesar de considerarem a resolução deste problema como prioridade sua, em três anos não o resolveram nem apontaram soluções credíveis para a sua resolução.

Acreditámos que a Direcção possa ter tentado. Mas achámos que, provávelmente, com medidas inadequadas. Só podemos supor quais foram, porque os associados não foram informados de que forma o pretenderam fazer - seriam medidas de alienação do património, hipotecando as instalações? Seria a sobrevalorização da bilheteira? Ou seriam ganhos prometidos por algum empresário desportivo? Não sabemos...
O grau de satisfação que esta Direcção mostrou na última AG, não revelando nenhum pormenor sobre a sua gestão, leva-nos a pensar que, negociando em nome do Vitória, o fizeram com outros interesses. Porque se mostrou esta Direcção tão orgulhosa e bem disposta na última AG tendo o clube tantos problemas por resolver? Não compreendemos determinados negócios e parcerias. Não deveriam ser apresentadas as vantagens, para o Vitória, dos protocolos assinados bem como as vantagens da VSC Seguros? Qual o valor anual em prémios e qual o valor comercial desta entidade? Temos dúvidas sobre a honestidade destas medidas.

Relativamente aos atletas contratados, não suspeitámos das comissões pagas, porque se considera que quem entregou uma mais-valia ao clube deve ser ressarcido. Mas preocupam-nos as promessas de sucesso não concretizadas, acabando os atletas por ficar sempre indisponíveis ou sendo dispensados por valores irrisórios, tornando-se maus negócios para o clube. É óbvio que nem todos os negócios podem correr bem porque se trata de gestão de risco mas, dos atletas contratados pelo Vitória nos últimos dois anos, quantos deram realmente mais-valias, e quanto? Os únicos valores significativos realizados pela Direcção foram de atletas que já estavam no Vitória quando esta Direcção iniciou funções. Portanto conseguiram ganhos com contratações anteriores não adquirindo, até ao momento, mais-valias para compensar as suas perdas. Tendo ainda o mercado de Inverno para negociar, preocupa-nos o resultado do exercício de 2009/10, pois nesse exercício, ainda é possível deixar o clube em tão maiores dificuldades como aquelas em que estava há três anos atrás; nomeadamente a situação contratual dos atletas e o Passivo.

O nosso projecto para a resolução do Passivo, não inclui a criação de serviços que em nada beneficiem os associados, nem a alienação de património, nem protocolos ou parcerias com a desculpa da economia na propriedade intelectual. Só admitimos acordos no caso de parceria financeira ou patrocínio, com o único objectivo de manter a independência do clube. A criatividade e o empreendedorismo na gestão devem ser incentivados e fomentados no interior do clube para evitar dependências.
Projectámos novos serviços com única intenção de servir os associados e criar mais-valias financeiras, que contámos apenas para gastos correntes ou para pequenos investimentos.
Das receitas regulares, e extraordinárias, relativas a bilheteira, merchandising e de outras fontes directas da realização dos espectáculos desportivos, nunca se poderá garantir o abate do Passivo, pois estas receitas são mínimas e apenas cobrem os custos de manutenção.

A solução para o Passivo deverá estar na aquisição de Activos que se valorizem no Vitória, para o servirem e para gerar mais-valia na sua negociação.
Para esta medida resultar, é essencial que o clube esteja numa posição desportivamente favorável e que seja comercialmente atraente. É também muito importante que os seus atletas profissionais estejam motivados, e confiem no clube para a sua valorização. Por isso a política contratual terá de ser revista. Um atleta de competição não motivado, não é rentável.

Actualmente a situação de disponibilidade financeira imediata no Vitória é também preocupante porque o clube não conquista títulos que tenham visibilidade nem consegue, regularmente, qualificações europeias no futebol sénior, onde estão concentrados os principais patrocinadores. É importante recordar que o patrocínio desportivo é considerado como um dos meios mais eficazes para a divulgação de marcas havendo, portanto, um grande potencial nestas competições. Os patrocínios são importantes para garantir a cobertura dos gastos decorrentes da actividade.

O sucesso desportivo pela aquisição de Activos com potencial, como via de resolução do Passivo, é a única solução razoável. A conquista de títulos desportivos valoriza os Activos. O cenário ideal para abater o Passivo é, obviamente, fazer com que o valor dos Activos supere o valor do Passivo. Desta forma adquire-se credibilidade no apoio financeiro; e maior margem de negociação devido à valorização da propriedade do clube.

A dependência do abate de Passivo pelo investimento em Activos é um risco óbvio. Mas este risco pode ser calculado pela aplicação de uma gestão de controlo na organização do clube.

Muitos podem achar que a questão do Passivo depender da aquisição e venda de Activos, e do sucesso desportivo, é uma dependência demasiado arriscada. Mas não existe outra forma de o fazer! Desporto é competição, e competição é risco. Sendo uma actividade economicamente volátil, tudo depende das opções de gestão.

Entendemos que esta é a única solução que está ao dispôr do Vitória, exceptuando a criação de uma SAD que suporte o Passivo e a execução do orçamento, abrindo o clube aos investidores.
A nossa opinião sobre as SAD é que, permitindo a alienação do clube pela aquisição do seu capital, o clube fica sujeito a qualquer accionista interessado, deixando os sócios de ter controlo sobre a sua gestão e sobre o seu futuro, bem como sobre a sua propriedade. É uma solução que rejeitámos pelo exemplo de outras SAD: a alienação do clube por uma organização empresarial não soluciona o problema do Passivo, apenas permite uma gestão mais controlada.
A nossa solução passa pela profissionalização do clube, mas não pela alienação de propriedade nem pela alteração de objectivos que, no caso de uma SAD, teriam de ser o lucro puro e simples. A profissionalização permite que a Direcção trabalhe em exclusivo para o clube, tornando-se este o seu regulador.
O Vitória não deve destruir a sua estrutura social para criar uma empresa que tenha como único objectivo o lucro. Mantendo-se o modelo clubista, a Direcção terá como único objectivo o sucesso desportivo!

Se os Vitorianos nos confiarem a tarefa de re-organizar o clube e nos permitirem apostar na gestão de Activos para valorizar o clube, poderemos mudar definitivamente o paradigma do Vitória. É urgente mudar, é urgente fazer do Vitória um clube de sucesso!

A credibilidade e o sucesso do clube dependem da sua organização e da sua imagem. Além do sucesso desportivo, a imagem de clube organizado e cumpridor é determinante para a sua valorização. O Vitória Sport Clube deve manter o prestígio e deve continuar a estar associado à vontade de vencer! Por isso necessitámos de Vitorianos e Vitorianas motivados que queiram trabalhar de alma e coração para o Vitória, e que sejam criativos a encontrar soluções eficientes para fazer UM VITÓRIA MELHOR!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

OS ESPECTADORES E O ESTÁDIO


As actuais boas condições do estádio D. Afonso Henriques, deveriam ser complementadas com mais infra-estruturas de apoio a quem o visita. A política de preços deveria beneficiar os mais desfavorecidos e deveria ser mais atractivo, económica e estruturalmente, às famílias dos sócios do Vitória.

1º Preocupação Social

Começando pelas famílias, achámos que a política de preços para menores e mulheres deveria ser revista. Relativamente ao valor das cotas, o que é praticado actualmente parece-nos correcto. Mas relativamente aos jogos das competições que não sejam o campeonato da Liga, deveriam permitir a entrada gratuita, ou com desconto, aos sócios menores e às sócias adultas, permitindo que o futebol em Guimarães se tornasse um espectáculo para toda a família, premiando quem paga cotas. A questão do desconto para mulheres seria um factor de descriminação positiva para permitir preços mais baixos às famílias. Esta política não só permite que haja união familiar entre os elementos associados, como cria fidelidade ao clube.
Os desempregados e pessoas com o rendimento mínimo de inserção, bem como pessoas portadoras de deficiência, devidamente comprovados pela Segurança Social, deveriam ter entrada gratuita por questões de solidariedade social para com a Cidade e o Concelho de Guimarães.

2º Rentabilização das Estruturas

O facto de muitos sócios terem na sua família crianças de colo, que os impedem muitas vezes de assistir aos jogos ao vivo, principalmente pelo risco que pressupõe levar crianças de colo para os recintos desportivos, poderia ser compensado com um serviço de babysitting gratuito nos espaços por ocupar da bancada nascente, na bancada sul, ou noutro espaço disponível no estádio ou no complexo. Este espaço deveria, obviamente, ter condições de segurança com acessos separados do público, para evitar pôr em risco a integridade das crianças, funcionários e pais. Este serviço poderia ser a extensão de um serviço de Jardim de Infância que funcionaria em horário de expediente semanal para servir os associados.

Poderia ser avaliada a possibilidade de construção de um ginásio nos espaços ainda livres da bancada nascente, complementando um ponto dos estatutos do Vitória que está por concretizar. O ginásio deveria ter descontos especiais para sócios e seria um importante contributo à prática desportiva dos associados.
A localização do estádio em pleno centro da cidade, com boas condições na envolvente para a prática de desportos urbanos, é uma mais-valia que está por valorizar.

O serviço de bar deveria ser eficiente. Com a tendência de haver mais jogos à hora das refeições, nomeadamente à hora do jantar, os serviços de bar do estádio deveriam estar preparados. A oferta deveria ser alargada e os balcões, obviamente, deveriam ter a capacidade de atender uma grande quantidade de clientes durante o intervalo. Entendemos que este serviço está mal organizado e não é devidamente rentabilizado.
A entrada de líquidos e produtos alimentares no recinto, não é proibida apenas por questões de segurança, mas para garantir algum lucro ao serviço de bar. Como este serviço actualmente está a ser explorado por outras entidades, não sabemos qual a rentabilidade para o Vitória. Se o objectivo é servir os associados, deveria ter melhor atendimento e mais variedade, se o objectivo é o lucro então deveria ser o clube, ou uma entidade ligada ao clube, a tirar os dividendos dessa exploração...

3º Segurança

Temos assistido a vários problemas com a segurança no nosso estádio. Os Assistentes de Segurança, ou Stewards, têm sido os principais provocadores de conflitos. Não compreendemos porque há tão poucos e porque se comportam de forma tão imprópria para a sua condição. Não deveriam receber formação específica para o nosso estádio? Não deveriam ser mais cuidadosos no contacto com os espectadores, por se tratar de uma função, acima de tudo, de relações públicas? Não deveriam ser os primeiros a fazer um apelo à calma e serenidade em vez de ameaçarem violentamente os espectadores ao mínimo problema?
Parece-nos que a preocupação principal dos Stewards no estádio D. Afonso Henriques não é a segurança dos espectadores mas mostrar um estranho poder sobre os adeptos, comportamento que não compreendemos. Parece-nos que é precisamente o contrário do que deveria ser, pois a intimidação pode dar origem a reacções violentas. Isso é precisamente o que deveriam evitar.
Quem vai ao estádio tem por norma um espírito desportivo, não merece ser tratado desta forma.
A Direcção deveria ter maior preocupação pelas situações de falta de segurança que se têm verificado, pois a segurança é essencial ao bem-estar dos espectadores.
Em situações de grandes aglomerados de pessoas, como os estádios, todos sabemos que, se houver descuidos, a integridade dos espectadores corre risco. A sensação de segurança dentro e fora do estádio é essencial para o sucesso do espectáculo desportivo!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A INDEPENDÊNCIA DAS ARBITRAGENS


Ontem, em entrevista à RTPN, Valentim Loureiro referiu mais um aspecto do comportamento dos árbitros relativamente à Liga.
Acerca de um processo jurídico, revelou que o árbitro que arbitrou um jogo entre Boavista e Estrela da Amadora, ainda durante a presidência da Liga de Valentim Loureiro, lhe ligou no fim do jogo desculpando-se pela derrota do Boavista. Valentim afirma que lhe respondeu dizendo que a culpa da derrota não era do árbitro, estando isso registado na gravação do telefonema que o árbitro lhe fez.
Acreditámos que Valentim neste caso possa estar inocente, pois após diversas afirmações que se têm ouvido na Comunicação Social, especialmente de Jorge Coroado - dizendo que os árbitros se unem para boicotar determinados clubes - a suspeita recai também sobre os interesses pessoais de alguns árbitros.
Agora sabemos que a responsabilidade pelas arbitragens tendenciosas poderá também ter origem nos interesses dos árbitros, além dos subornos de alguns dirigentes desportivos já provados em tribunal. Depreendemos das palavras de Valentim que alguns árbitros bajulam a Direcção da Liga, fazendo arbitragens não em nome da verdade desportiva mas para agradar aos organizadores das provas.


Pela verdade desportiva das competições, esta situação não pode continuar a ser ignorada. Começando pela Liga, deveríamos exigir que a profissionalização dos árbitros avançasse e que fosse criada uma organização própria para os árbitros, de forma a tornarem-se independentes das organizações dirigidas pelos clubes. A profissionalização e a independência seriam, também, uma forma de prevenção contra o comportamento duvidoso de alguns árbitros. Como ouvimos já por várias vezes o assunto contestado por pessoas com opinião relevante - ainda ontem Rui Moreira o referiu no programa Trio de Ataque da RTPN - também achámos que a utilização dos meios electrónicos para ajudar os árbitros nas decisões está a ser evitada para que a batota continue em benefício de alguns interesses.

Por isso, no caso do Vitória, cada vez que um dirigente Vitoriano fala na televisão sobre má arbitragem, sem levar o assunto às instâncias competentes, receámos que esteja a prejudicar o clube pois pode estar a alimentar represálias da parte dos árbitros.

A nossa intenção como candidatos à Direcção do Vitória Sport Clube, é que estas questões sejam levadas à Assembleia da Liga em vez de estarem a ser discutidas unicamente na televisão e na praça pública.

domingo, 18 de outubro de 2009

A COMPETÊNCIA


João Pereira Coutinho colunista do Correio da Manhã, acerca da saída de Deus Pinheiro do Parlamento, na edição de ontem, fez o seguinte comentário:

"Para efeitos práticos, é indiferente eleger Deus Pinheiro ou a minha mulher-a-dias. E é indiferente substituí-los, embora eu desconfie de que a minha Fátima, tão sensata e pontual, seria uma vantagem para o hemiciclo. Se precisarem do contacto, por favor, não hesitem."

Citámos este artigo porque ao nível da competência, em termos genéricos, o colunista tem razão. Embora Deus Pinheiro, bem formado para a tarefa, seja mais ágil no discurso que provávelmente a Fátima que talvez nunca tenha tido oportunidade de adquirir formação superior, Fátima desde que saiba quais são as suas tarefas, dependendo da sua consciência e criatividade, poderia ser tão competente como o primeiro.

Quem nos diz que uma simples mulher-a-dias, sendo inteligente e criativa, estando motivada para a tarefa, sabendo gerir coisas simples mas essenciais como o seu orçamento familiar ou a poupança de produtos desnecessários ao seu trabalho, se lhe dessem a tarefa de gerir coisas maiores, não teria melhores resultados que o parlamentar? Provávelmente o destino não lhe irá permitir testar as suas capacidades, apesar de ser possível que Fátima, estando motivada, um dia o possa fazer.
Temos exemplos de muitos cidadãos que, por circunstâncias diversas, tiveram de criar o seu próprio negócio, e quantos destes tiveram sucesso? Acreditámos que são muitos mais os que tiveram êxito que os que falharam.
Na base do empreendedorismo estão a criatividade mas também o risco. Se as ideias para uma determinada tarefa, baseadas no raciocínio, não forem aplicadas, mesmo com o risco de falharem o seu objectivo, nunca saberemos se resultam.

É nesta base que pretendemos construir uma nova Direcção para o Vitória. Se os Vitorianos nos confiarem a tarefa e nos derem o benefício da dúvida, que afinal têm de dar a todos os candidatos, teremos oportunidade de construir uma equipa directiva com consciência específica para gerir o nosso clube. Como se vê pelo actual estado das coisas, o facto do nosso clube ter um presidente habituado à gestão empresarial e à gestão desportiva, isso não significa que as ideias da sua experiência anterior sejam apropriadas a um clube como o Vitória.

A gestão de um clube desportivo, ao contrário de uma empresa, não visa exclusivamente o lucro. O êxito desportivo é o seu objectivo principal. A gestão deve estar centrada nesse objectivo, sendo o lucro um factor directamente relacionado com o investimento inicial. Pretendemos formar uma Direcção que invista em Activos e que, através da sua criatividade, saiba criar soluções ao nível do clube.

Por isso pedimos aos Vitorianos e Vitorianas que se mobilizem e adiram honestamente a este projecto, para tentar fazer Um Vitória Melhor!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

À IMAGEM DESTA DIRECÇÃO...



Emílio Macedo na apresentação do novo treinador do Vitória, na passada quarta-feira, disse que Paulo Sérgio foi sempre a primeira escolha para o Vitória.

Estranhámos que o tenha dito após o despedimento de Nelo Vingada, que era a sua primeira escolha há quatro meses atrás... Podia, e até seria mais correcto, sondar mais treinadores para concluir qual deles teria maior motivação e competência para atingir as metas que se pretendem, mantendo essa sondagem em privado e não fazendo afirmações deste género. E se Paulo Sérgio era a primeira escolha da Direcção, esta já deveria estar preparada para negociar com melhor expediente, pois perdeu uma semana e terá de indemnizar o Paços de Ferreira em cerca de 100 mil euros.

Durante a sessão de apresentação Emílio Macedo falou ainda do currículo 'invejável' do novo treinador.
O currículo profissional de Paulo Sérgio não é extenso como Emílio Macedo deu a entender. De facto a suposta vastidão do currículo de Paulo Sérgio foi imediatamente desmentida pelo próprio dizendo que o seu currículo se baseia na dedicação. Não compreendemos porque fundamenta Emílio Macedo a contratação de Paulo Sérgio no seu currículo, quando este ainda é escasso, e quando todos o apreciam pelo rigor e pela entrega ao trabalho. Achámos que Emílio Macedo está mal informado, e que o seu discurso é avulso, sem outro fundamento que não seja o de iludir os associados.

Paulo Sérgio, sendo uma pessoa culta e bem informada, assumiu que os seus objectivos no Vitória são nada menos que uma qualificação europeia, objectivo esse que o nosso presidente nunca assume deixando essa tarefa ao treinador. Ficámos com a ideia de que esse objectivo é de Paulo Sérgio e não da Direcção...

Ao treinador Paulo Sérgio desejámos as maiores felicidades ao serviço do Vitória, 'pois o seu sucesso será o sucesso do nosso clube' como disse Emílio Macedo, que nesta afirmação esteve bem.
Muito nos honra que Paulo Sérgio tenha abdicado dos prémios de competição e do contrato com o seu anterior clube, pela motivação de treinar o Vitória Sport Clube!



O jornal O Jogo publicou hoje a notícia de que o clube 12 de Octubre ameaça apresentar queixa à FIFA pela falta de pagamento da transferência de Mendieta para o Vitória. Entretanto o empresário Costa Aguiar, promotor da transferência de Mendieta e de outros jogadores do Vitória, revelou que vai cortar relações com o nosso clube devido a esta situação.
O que nos preocupa nesta notícia é a boa imagem do Vitória. A ideia com que se fica é que o nosso clube não é idóneo e que não cumpre os seus compromissos. Esta notícia terá graves consequências para contratações e negócios futuros bem como para a imagem do clube perante os seus patrocinadores. A Direcção do Vitória tem obrigação de proteger o clube contra este tipo de exposição.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MANIFESTO


Vitorianos,

A actual Direcção do Vitória Sport Clube não cumpriu nenhuma das promessas que a levou à vitória nas últimas eleições. Ficaram por cumprir a profissionalização do clube, o abate do Passivo e a promessa de transparência para com os associados. A par do insucesso desportivo da principal modalidade do clube na época 2008/09, verifica-se a desagregação da Direcção da qual não se vislumbra qualquer projecto para o futuro.

Na sequência da falta de projecto para o clube, decidimos avançar desde já com uma candidatura para a DIRECÇÃO DO VITÓRIA SPORT CLUBE.

Embora muitos pensem que o actual comportamento da Direcção é correcto, nós achamos que é errado recorrer à fragilidade financeira do clube, e à falta de transparência, para iludir os associados sobre a sua actividade, sem a apresentação de resultados desportivos e financeiros convincentes.


O nosso projecto visa preparar o clube para a conquista de todas as competições em que participe, e em todas as modalidades, principalmente na actividade mais representativa do clube, o futebol sénior.

Passamos a enunciar os nossos grandes objectivos:

1-Profissionalização

O nosso primeiro grande objectivo será a profissionalização do clube.
A organização é essencial para o cumprimento dos objectivos. Acreditamos que um clube que responsabiliza antecipadamente os funcionários pelas suas tarefas, é mais eficiente que outro que castiga após erro consumado. A dimensão actual do Vitória não deixa dúvidas quanto à forma como o clube deve ser administrado. A actual Direcção revela-se antiquada e não se coaduna com as necessidades dos dias de hoje. A profissionalização permite que todos os seus funcionários, principalmente a Direcção, trabalhe a tempo inteiro e em exclusivo para o Vitória. Desta forma pretende-se aumentar a transparência, a eficiência e a rentabilidade com benefícios evidentes para o clube.

2-Massa associativa e vida associativa

A Direcção deve comprometer-se a ser o representante supremo dos interesses dos associados do clube. A representação da vontade da maioria dos associados deverá ser auscultada na Assembleia Geral e no Conselho Vitoriano, e a Direcção deve contribuir para dar maior voz aos assuntos relacionados com a vida associativa.
O nosso projecto pretende que a Direcção do clube esteja ao nível dos seus associados. Isto significa que todas as opiniões que sejam para benefício do clube terão sempre a atenção da Direcção, e uma resposta com respectiva justificação, seguindo os princípios democráticos declarados nos estatutos do clube, sendo que qualquer assunto que os associados achem pertinente deva ser votado em Assembleia Geral.
Pretendemos desenvolver outros aspectos da vida associativa com a criação de uma Fundação para realizar outras actividades lúdicas e desportivas. Ao rentabilizar o património social com serviços e actividades lúdicas, complementamos a ligação dos associados ao clube em actividades de lazer, e contribuímos para a emancipação do espírito de fraternidade entre adeptos vitorianos. A Fundação terá como primeiras actividades, um serviço de jardim de infância e babbysitting para associados e a instalação de um ginásio nos espaços da bancada nascente. Ficará também com a exploração dos serviços de bar do estádio e terá apoio do clube para a organização de outras actividades culturais.
Pretendemos promover parcerias com entidades compostas por associados do Vitória, para benefício dos restantes associados, estando os membros da Direcção impedidos de tirar lucro ou algum tipo de dividendo destas parcerias.

3-Defesa do clube e investimento

O Vitória não pode ter uma imagem desleixada e de clube desorganizado.
A nível organizacional, deve ser sempre autónomo, desafiando os seus corpos sociais e associativos à criação de soluções, aumentando as suas valências e criatividade, tomando decisões visando apenas e só os interesses do Vitória Sport Clube como entidade única e independente. Ao nível desportivo deve ser exemplar, como clube cumpridor de todos os princípios do desporto, e dando condições aos seus atletas para que cumpram os objectivos delineados pela Direcção.
O investimento na formação deve ser sempre uma prioridade, de forma a garantir o futuro dos atletas mais jovens originando dessa forma mais-valias desportivas, sociais e financeiras. Pretendemos garantir as gerações futuras atraindo as camadas mais jovens para as actividades desportivas do clube, bem como para a participação activa na vida associativa.

4-Ambição e empreendedorismo

A Direcção deve assumir que todos os objectivos declarados no início de cada época desportiva são para cumprir, responsabilizando-se esta pelo seu não cumprimento.
Pretendemos, a médio prazo, colocar o Vitória nos primeiros 50 lugares do ranking IFFHS, consolidar o Vitória como 4º maior clube nacional em número de sócios e colocar o Vitória como 4º melhor clube português em número de títulos de futebol sénior.
As modalidades devem continuar a ser apoiadas, dando-lhes boas condições de trabalho e incentivando a sua actividade. Pretendemos estudar a introdução de novas modalidades, dependendo a sua execução da viabilidade económica.

O Vitória deve potenciar as valências desportivas dos atletas do clube, comprometendo-os com o sucesso.

5-Gestão eficaz

A Direcção do Vitória deverá ser aconselhada por gestores profissionais que dêem apoio às suas decisões, juntamente com o Conselho Fiscal.
O Passivo deverá ser combatido com a aquisição de Activos que possam ser convertidos em mais-valias para o clube. A Direcção, em todas as suas aquisições, deverá ponderar o valor futuro com estudos de impacto financeiro, antes de concretizar cada projecto. O recurso ao crédito é aceitável quando este se puder liquidar a curto prazo, ou quando o sucesso desportivo permita ao clube ter margem de manobra perante os seus parceiros financeiros e patrocinadores.


Texto composto por:

Miguel Silva

PS: A lista eleitoral ainda não está constituida. Se está interessado(a) em aderir a este projecto envie-nos um mail ou coloque o seu comentário na caixa.