sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

AS SOLUÇÕES FINANCEIRAS


Temos assistido à apresentação de resultados dos clubes desportivos, e das SAD que os gerem. A primeira conclusão a que chegámos, foi não terem sido encontradas melhores soluções financeiras nos clubes que passaram a ser geridos por Sociedades Anónimas.

Entretanto todas as SAD apontam as mesmas soluções que, apesar de muitos intervenientes terem defendido este modelo como alternativo, passam pelo recurso a medidas que qualquer clube convencional tem ao seu dispor, nomeadamente venda de Activos, empréstimo bancário ou alienação de património.

A única solução a que uma SAD pode recorrer, além das anteriormente referidas, serão a diminuição ou o aumento do Capital Social, sendo que a primeira equivale à alienação de património, pois pressupõe perda de capital próprio:
- A venda de capital pode permitir que outra entidade, que não o clube, possa ter poder de decisão sobre este.
- O aumento de capital está dependente da existência de interessados nesta participação, e compromete a SAD com a sua valorização. Esta medida não difere muito da captação de patrocínio praticada pelas Associações Desportivas.

São estas portanto as diferenças entre os clubes desportivos convencionais e os clubes geridos por SAD. Não vemos qual o interesse na passagem da administração de um clube para Sociedade Anónima, a não ser na possibilidade que alguns accionistas terão em se tornarem membros da administração, para terem poder de decisão sobre a gestão do clube.

Já defendemos, em artigos anteriores, que a gestão de uma SAD não permite a um clube ter soluções muitos diferentes das que dispõe uma Associação Desportiva convencional. A própria profissionalização não está dependente de uma SAD, visto que nada impede uma Associação Desportiva de ter uma equipa administrativa profissional. Desde que o objectivo do clube seja o sucesso desportivo e não o lucro, o enquadramento jurídico não se altera.

As soluções apontadas por nós para a liquidação do Passivo, pela gestão de Activos e pela captação de patrocinadores interessados em participar neste investimento, são as soluções apresentadas como as mais apropriadas pelas próprias SAD.
O aumento de capital, a que muitas SAD recorrem, é uma solução que está dependente dos resultados correntes da gestão. Se os resultados desportivos não corresponderem, a administração terá de responder perante os accionistas como a Direcção de um clube teria de responder perante os sócios. A falta de liquidez e o insucesso são igualmente problemáticos nas duas situações administrativas. O sucesso desportivo e administrativo não estão dependentes do enquadramento jurídico, mas da qualidade da gestão e de soluções financeiras adequadas.

Estamos a trabalhar com o objectivo de encontrar boas soluções para os problemas do Vitória. Esperámos que mais Vitorianos se juntem a esta candidatura, apoiando a aplicação dos princípios de gestão propostos por UM VITÓRIA MELHOR!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A FRAGILIDADE DA DIRECÇÃO II


Foram estas as palavras que condenaram Emílio Macedo a 45 dias de suspensão:



A sua falta de consistência parece-nos evidente.
Emílio Macedo, mais uma vez, tentou arranjar um bode expiatório para os maus resultados. Importa também recordar que, nessa jornada, no final do jogo, Nelo Vingada não fez referência à arbitragem, fazendo-o apenas 4 dias depois:

Declarações de Nelo Vingada após o jogo:



Declarações de Nelo Vingada a 22 de Setembro disponíveis no arquivo do site Guimarães Digital

Emílio Macedo, em desespero, nem se preocupou com a falta de coordenação de discurso entre representantes do clube. Esta atitude não é apropriada, e só nos prejudica.

Se Emílio Macedo pretendia apresentar queixa da arbitragem, porque não o fez nos órgãos competentes? Porque se apresentou em conferência de imprensa, no próprio dia do jogo, com discurso desconexo, tipo arruaça, que, pensávamos nós, gostaria o presidente de ver banido do futebol?
Este discurso é a imitação de um estilo populista, que nunca é favorável ao clube perante as instituições desportivas.


Entretanto surgem notícias da falta de cumprimento de vários compromissos do Vitória. Depois do problema com o pagamento ao 12 de Octubre, agora é a transferência de Rabiola que parece que também não foi realizada com a necessária transparência, comprometendo o clube com mais encargos, e degradando a sua imagem perante adeptos e patrocinadores.
Se estas notícias não são verdadeiras, a Direcção tem a obrigação de desmentir publicamente os factos.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A FRAGILIDADE DA DIRECÇÃO


A derrota de sexta-feira passada com o FC Porto, no Estádio D. Afonso Henriques, veio revelar, uma vez mais, os defeitos da equipa do Vitória.

As recentes exibições têm demonstrado as qualidades de Paulo Sérgio. Transformou uma equipa não formada por si, numa equipa à sua imagem: empenhada em construir bom futebol e com vontade de vencer.
No entanto, esta equipa ainda mostra fragilidades que a Direcção tarda em colmatar. Continuamos a identificar os mesmos problemas da equipa que subiu à 1ª Liga, com Cajuda, em 2006/07. O que não é difícil de compreender, visto que a equipa pouco mudou, perdendo elementos essenciais não sendo compensada com contratações da mesma qualidade.

Para tentar compreender o que falha nesta Direcção, iremos concentrar-nos na Mensagem do Presidente da Direcção, no Relatório de Contas 2008/09:

A Mensagem do Presidente começa com um lamento, sobre o não apuramento do Vitória para a Liga dos Campeões, responsabilizando a equipa de arbitragem por não ter tido “a coragem” de marcar duas grandes penalidades a favor do Vitória na 1ª Mão da Pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e pelo erro grosseiro do árbitro assistente na 2ª Mão.
No terceiro parágrafo do seu texto, responsabiliza a ‘onda de lesões estranha e invulgar’, como desculpa para o facto de ter falhado os objectivos da época anterior, ainda com Manuel Cajuda.
Ao quarto parágrafo, Emílio Macedo, reconhece que “Nem sempre o esforço e trabalho impostos em campo são suficientes para atingirmos os objectivos traçados e desejados.”

Na nossa análise da situação do Vitória, partimos do princípio que a Direcção é responsável – e deve responsabilizar-se – pelos resultados da equipa, porque estes são consequência da sua política.
Na sua Mensagem, o Presidente da Direcção culpa, primeiro, os árbitros, e em seguida, o acaso, na estranha e invulgar onda de lesões…
Em primeiro lugar, nós achámos que a culpa nunca é dos árbitros. Se os árbitros nos prejudicam, e como conhecemos os meios que usam para o fazer, a nossa equipa não deveria cometer determinados erros de forma recorrente.

Sempre conhecemos o Vitória como uma equipa que luta pelos resultados e disputa o jogo pelo jogo evitando recorrer a outro tipo de subterfúgio para vencer.
Se já sabemos o tipo de erros que são argumento para as equipas de arbitragem nos prejudicarem, a nossa equipa de futebol deveria estar alerta para evitar o erro. Mesmo assim, se o árbitro anula um golo válido que possa dar a vitória ao nosso clube, a equipa deve ter consciência de que a única solução é procurar novamente o golo que nos dê a vantagem. É esse o espírito do Vitória, e esse é o espírito que deve ser transmitido pela Direcção a todos os elementos da equipa Vitoriana!
Relativamente à onda de lesões, só podemos culpar a equipa técnica pela má avaliação e preparação dos atletas, ou a falta de prevenção pela não contratação de atletas que possam substituir os lesionados… O acaso nunca pode ser o culpado. O Presidente culpa a nossa sorte, para não assumir a responsabilidade pelo facto de não ter prevenido a equipa com atletas substitutos de qualidade para as posições-chave da equipa. A falta de prevenção é sempre da responsabilidade da Direcção.
Portanto se a sorte não premeia o esforço da equipa, e se os objectivos não são alcançados, cabe à Direcção encontrar soluções que não façam depender a equipa de outros factores que não sejam as suas opções na preparação da época.
A Direcção, culpando o acaso pelo seu insucesso, não está a assumir a responsabilidade para a qual foi eleita, que deveria ser encontrar soluções para o insucesso da equipa.
Cada vez a equipa tem um obstáculo mais difícil e falha o seu objectivo, como foi notório esta jornada, todas as decisões da política da Direcção ficam expostas. Por isso não é difícil adivinhar o futuro do Vitória caso o destino do clube, nas próximas eleições, continue a estar dependente da actual política.

VITORIANO, MOBILIZA-TE PARA UMA CANDIDATURA ALTERNATIVA.

MOBILIZA-TE PARA UM VITÓRIA MELHOR!