domingo, 6 de dezembro de 2009

A FRAGILIDADE DA DIRECÇÃO


A derrota de sexta-feira passada com o FC Porto, no Estádio D. Afonso Henriques, veio revelar, uma vez mais, os defeitos da equipa do Vitória.

As recentes exibições têm demonstrado as qualidades de Paulo Sérgio. Transformou uma equipa não formada por si, numa equipa à sua imagem: empenhada em construir bom futebol e com vontade de vencer.
No entanto, esta equipa ainda mostra fragilidades que a Direcção tarda em colmatar. Continuamos a identificar os mesmos problemas da equipa que subiu à 1ª Liga, com Cajuda, em 2006/07. O que não é difícil de compreender, visto que a equipa pouco mudou, perdendo elementos essenciais não sendo compensada com contratações da mesma qualidade.

Para tentar compreender o que falha nesta Direcção, iremos concentrar-nos na Mensagem do Presidente da Direcção, no Relatório de Contas 2008/09:

A Mensagem do Presidente começa com um lamento, sobre o não apuramento do Vitória para a Liga dos Campeões, responsabilizando a equipa de arbitragem por não ter tido “a coragem” de marcar duas grandes penalidades a favor do Vitória na 1ª Mão da Pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e pelo erro grosseiro do árbitro assistente na 2ª Mão.
No terceiro parágrafo do seu texto, responsabiliza a ‘onda de lesões estranha e invulgar’, como desculpa para o facto de ter falhado os objectivos da época anterior, ainda com Manuel Cajuda.
Ao quarto parágrafo, Emílio Macedo, reconhece que “Nem sempre o esforço e trabalho impostos em campo são suficientes para atingirmos os objectivos traçados e desejados.”

Na nossa análise da situação do Vitória, partimos do princípio que a Direcção é responsável – e deve responsabilizar-se – pelos resultados da equipa, porque estes são consequência da sua política.
Na sua Mensagem, o Presidente da Direcção culpa, primeiro, os árbitros, e em seguida, o acaso, na estranha e invulgar onda de lesões…
Em primeiro lugar, nós achámos que a culpa nunca é dos árbitros. Se os árbitros nos prejudicam, e como conhecemos os meios que usam para o fazer, a nossa equipa não deveria cometer determinados erros de forma recorrente.

Sempre conhecemos o Vitória como uma equipa que luta pelos resultados e disputa o jogo pelo jogo evitando recorrer a outro tipo de subterfúgio para vencer.
Se já sabemos o tipo de erros que são argumento para as equipas de arbitragem nos prejudicarem, a nossa equipa de futebol deveria estar alerta para evitar o erro. Mesmo assim, se o árbitro anula um golo válido que possa dar a vitória ao nosso clube, a equipa deve ter consciência de que a única solução é procurar novamente o golo que nos dê a vantagem. É esse o espírito do Vitória, e esse é o espírito que deve ser transmitido pela Direcção a todos os elementos da equipa Vitoriana!
Relativamente à onda de lesões, só podemos culpar a equipa técnica pela má avaliação e preparação dos atletas, ou a falta de prevenção pela não contratação de atletas que possam substituir os lesionados… O acaso nunca pode ser o culpado. O Presidente culpa a nossa sorte, para não assumir a responsabilidade pelo facto de não ter prevenido a equipa com atletas substitutos de qualidade para as posições-chave da equipa. A falta de prevenção é sempre da responsabilidade da Direcção.
Portanto se a sorte não premeia o esforço da equipa, e se os objectivos não são alcançados, cabe à Direcção encontrar soluções que não façam depender a equipa de outros factores que não sejam as suas opções na preparação da época.
A Direcção, culpando o acaso pelo seu insucesso, não está a assumir a responsabilidade para a qual foi eleita, que deveria ser encontrar soluções para o insucesso da equipa.
Cada vez a equipa tem um obstáculo mais difícil e falha o seu objectivo, como foi notório esta jornada, todas as decisões da política da Direcção ficam expostas. Por isso não é difícil adivinhar o futuro do Vitória caso o destino do clube, nas próximas eleições, continue a estar dependente da actual política.

VITORIANO, MOBILIZA-TE PARA UMA CANDIDATURA ALTERNATIVA.

MOBILIZA-TE PARA UM VITÓRIA MELHOR!

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