quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A RENOVAÇÃO DE FLÁVIO E A DIRECÇÃO DESPORTIVA


A afirmação do Presidente - a propósito da renovação do contrato com Flávio - de que este poderá ser um bom Director Desportivo, deixa-nos algumas reservas.

Emílio Macedo manifesta vontade de concretizar mais uma medida avulsa e imprudente. Parece-nos uma afirmação populista, baseada em critérios de opinião que circulam entre associados, mas que carece de argumentação credível. Poderá ser uma triste imitação de outros clubes que, irónicamente, não tiveram qualquer sucesso desportivo. Insucesso que nos deveria servir de exemplo.

A figura do Director Desportivo não deve ser de mero elemento decorativo. Este cargo é fulcral para o sucesso do clube. Temos todo o respeito e consideração por Flávio Meireles, mas colocando o atleta neste cargo apenas porque tem ‘amor ao clube’, não faz sentido.

O Director Desportivo tem de ser um negociador nato. A sua função não é só incentivar o espírito clubista, mas negociar contratações e criar uma equipa de atletas competentes que se valorizem cumprindo as suas funções com profissionalismo.
Não gostaríamos de ver Flávio a fazer a representação triste que Rui Costa e Pedro Barbosa fazem (ou fizeram) nos seus clubes. Se Flávio mostrar capacidade de negociação neste cargo, pensamos que deve ocupá-lo. Mas se servir de 'figura decorativa', e ao nível da negociação não for capaz, o cargo poderá ter um efeito nefasto na sua imagem e na gestão desportiva do clube.

Passamos a dar dois exemplos evidentes de insucesso deste tipo de nomeação:

1º Rui Costa investiu milhões de euros, do seu clube, em dezenas de jogadores que só desvalorizaram. Grande parte dos jogadores contratados foi dispensada por valores inferiores aos de contratação, e não teve qualquer sucesso desportivo. Conquistou apenas uma Taça da Liga, que não consideramos relevante para os valores investidos.

2º Pedro Barbosa gastou alguns milhões na contratação de jogadores, que promoveu na Comunicação Social como sendo de elevado nível, valor que nunca foi comprovado. Não teve sucesso desportivo: Conseguiu uma qualificação para a Liga dos Campeões mas não passou da fase de grupos. Considerando, apesar de tudo, o ganho de 2 milhões em negociação de contratos nessa época, não nos pareceu uma gestão rentável devido à instabilidade de rendimento do plantel.

O Director Desportivo não tem obrigatoriamente de representar a imagem do clube, essa função deverá estar a cargo de um especialista em imagem e promoção.
A função do Director Desportivo é de avaliar e negociar os atletas. Obviamente que terá de avaliar o carácter do atleta, mas terá acima de tudo que saber negociar ‘o melhor pelo melhor preço’!

O Vitória devia evitar este tipo de medidas imponderadas, como devia evitar protocolos prejudiciais ao clube. O Vitória não precisa de 'objectos' decorativos na Direcção, precisa sim de uma Direcção eficiente e que cumpra a vontade da Massa Associativa, de que Flávio Meireles faz parte. Os sócios são os representantes, e os verdadeiros Objectos de Culto do nosso VITÓRIA SPORT CLUBE!

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